Os deputados estaduais aprovaram na sessão desta quarta-feira (09), o Projeto de Lei 717/2021 de autoria do deputado estadual Elizeu Nascimento (PL) e coautoria da deputada Janaina Riva (MDB). O projeto foi aprovado com apenas uma abstenção e segue para sanção do governador Mauro Mendes (UB).
Elizeu defendeu o projeto após receber uma comissão de moradores e empresários da região de Manso que reclamaram dos problemas apresentados no local, devido ao aumento de número de piranhas no lago. O parlamentar falou que atualmente existem 11 espécies de piranhas em Manso.
Com a pandemia da covid 19, a população ribeirinha e os pequenos empreendedores que sobrevivem da pesca e de atividades de turismo ecológico no entorno do Lago do Manso passam por grande dificuldade para o seu sustento e de suas famílias.
A região de Manso tem função social, já que o lago possui múltiplo uso, pois ocorre no local a pesca, turismo, lazer, e geração de renda, sendo de suma importância a elaboração do atual projeto, após inércia da empresa Furnas que não respeitou inúmeras cláusulas contratuais.
“É uma satisfação do dever cumprido neste momento. Estamos aqui após vários embates e chegamos naquilo que a sociedade espera de um parlamento, que é a aprovação de lei que vem de encontro as necessidades do povo. Quero deixar bem claro o nosso agradecimento as comissões da Assembleia. Furnas vem sendo omissa, não fez o peixamento no lago e causou o desequilíbrio de peixes. Essa empresa está acabando com as águas do lago do Manso”, declarou Elizeu.
O programa consistirá no repovoamento de peixes na barragem da Usina Hidrelétrica do Manso pela Concessionária de Energia Elétrica Furnas. Caberá a concessionária ou outra empresa que vier a sucedê-la realizar o peixamento do Lago do Manso anualmente.
No programa de peixamento na Barragem da Usina Hidrelétrica do Manso que teve a participação de técnicos da Secretária de Estado de Meio-Ambiente (Sema) e biólogos, ficou especificado a obrigatoriedade do peixamento de forma emergencial e com espécies nobres da bacia hidrográfica, em tamanho juvenil, já que a implantação de laboratório de alevinos pode demorar anos.
As espécies que farão parte do repovoamento serão; Cachara (Pseudoplatystoma fasciatum); Curimbatá (Prochilodus Lineatus); Dourado (Salminus Brasiliensis); Jaú (Zungarce Zungarce); Pacu (Piractus mescepotamicus); Peraputanga (Brycon Micelepis); Piau (Seporinus freiderici); Pintado ( Pseudoplatystoma Corruscans) e Traíra (hophias malabaricus).
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